Eu tava com quase 40 anos e todo mundo me achava um vagabundo. Nunca arrumei um emprego decente e fazia uma cara que não arrumava um trampo com mais de 3 meses, o último tinha sido no penta. Sabia que meus velhos já andavam falando com meus irmãos pra cuidarem de mim depois que batessem as botas e os sacanas só pensavam em tirar o corpo fora. É aquela história: “todo mundo fala dos porres que tomo, mas ninguém vê os tombos que levo”.
Essa vida de estorvo tava me enchendo, por isso resolvi mudar. A chance apareceu quando eu tomava uma cerveja no balcão do bar do Barba. No fundo, perto do banheiro, vi ela bebendo uma coca.
Era uma coroa distinta, uns 50 anos e tal, bem diferente da turma que aparecia no boteco podrão do Barba – peãozada de obra, malandros de vários tipos e uma ou outra perva procurando cliente.
- Quem é aquela tiazinha? perguntei pro dono do bar, apontando a mulher.
- Sei lá, nunca vi, respondeu de má-vontade.
- Tá sozinha?
- Acho que sim, faz mais de uma hora que tá aí.Chamei mais uma cerva e, como ninguém apareceu pra falar com ela até eu terminar, fui lá trocar uma ideia.
Essa vida de estorvo tava me enchendo, por isso resolvi mudar. A chance apareceu quando eu tomava uma cerveja no balcão do bar do Barba. No fundo, perto do banheiro, vi ela bebendo uma coca.
Era uma coroa distinta, uns 50 anos e tal, bem diferente da turma que aparecia no boteco podrão do Barba – peãozada de obra, malandros de vários tipos e uma ou outra perva procurando cliente.
- Quem é aquela tiazinha? perguntei pro dono do bar, apontando a mulher.
- Sei lá, nunca vi, respondeu de má-vontade.
- Tá sozinha?
- Acho que sim, faz mais de uma hora que tá aí.Chamei mais uma cerva e, como ninguém apareceu pra falar com ela até eu terminar, fui lá trocar uma ideia.